A energia solar atingiu a marca de 22 GW em operação no Brasil na geração distribuída (GD), modalidade que permite que consumidores produzam a própria eletricidade. Conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apurados pelo Portal Solar, o segmento totaliza 2 milhões de sistemas fotovoltaicos beneficiando 2,6 milhões de unidades consumidoras no país.
O mercado acrescentou 1 GW de potência em cerca de um mês e, ao longo de 2023, já ganhou 3,96 GW, com 348 mil novas instalações atendendo 464 mil consumidores. Nos últimos doze meses, o avanço foi de 8,81 GW, representando um crescimento de 66%.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a GD solar acumula desde 2012 R$ 111,2 bilhões em investimentos, que geraram mais de 660 mil empregos acumulados no período e representam uma arrecadação aos cofres públicos de R$ 29,8 bilhões.
A tecnologia fotovoltaica já está presente em 5.530 municípios e em todos os estados brasileiros, sendo que os estados líderes em potência instalada são, respectivamente: Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná.
De acordo com o presidente do conselho de administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk, com a energia solar, o país pode, em pouco tempo, tornar a matriz elétrica brasileira ainda mais limpa e renovável.
“No entanto, o atual patamar da taxa de juros no Brasil, em 13,75%, inibe a aceleração deste desenvolvimento, pois a prestação do financiamento do sistema solar se torna pesada dentro do orçamento familiar”, alerta Koloszuk.
Já o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, aponta que o crescimento da geração própria de energia solar fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros.
“A fonte solar é, portanto, uma alavanca para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do País. O crescimento da geração própria da energia fotovoltaica também amplia a atração de capital e impulsiona a geração de mais emprego e renda aos brasileiros”, comentou Sauaia.